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Projeto “CIÊNCIA NA ESCOLA! – Fundação Ilídio Pinho

 

A ciência e a tecnologia ao serviço de um mundo melhor!

 

 

 

A gestão sustentável da bolota. Uma experiência científica e tecnológica para a conservação da natureza, melhoria da saúde e inclusão na vida ativa!

 

 

A Ciência e a Tecnologia respondem aos grandes desafios e necessidades da sociedade atual, aumentam a qualidade de vida dos cidadãos e tornam o mundo numa janela de oportunidades e igualdade para todos.

O projeto que apresentamos alicerçou-se nas linhas orientadoras do projeto educativo e teve como principal objetivo a inclusão de alunos com necessidades educativas especiais-NEE, com currículo específico individual, com competências funcionais, no contexto educativo, através do desenvolvimento de pequenos projetos que pretenderam estimular os alunos para a inserção no mundo do trabalho e vida ativa, no âmbito da agricultura biológica, turismo e indústria agroalimentar.

Pretendemos que os alunos com NEE e os alunos intervenientes no projeto (pertencentes às turmas do ensino regular onde os alunos com NEE se encontram inseridos) adquirissem competências do Séc. XXI, que têm como base a resolução de problemas, o desenvolvimento do pensamento crítico, a comunicação, colaboração com os outros em trabalhos de grupos, a criatividade e inovação, aprender a aprender, a literacia informática e o desenvolvimento de valores de cidadania.

O projeto teve como linhas orientadoras duas questões de investigação:

1) A Ciência e a Tecnologia podem ser utilizadas na gestão sustentável da bolota?;

2) A casca de bolota pode ser transformada em peletes e utilizada como fertilizante natural?.

O projeto contemplou o desenvolvimento de atividades que conduziram à resolução de problemas através da metodologia IBL – Inquiry Based Learning, com Flipped Classroom, com trabalho experimental, pesquisa orientada, trabalho cooperativo e colaborativo, recurso às TIC-Tecnologias de Informação e Comunicação, com autoconstrução da aprendizagem.

O projeto foi desenvolvido em três fases distintas:

- A primeira fase, exploratória, que contemplou: palestras temáticas; entrevistas; visitas de estudo; pesquisa de receitas com bolota; pesquisa sobre as plantas autóctones; e plantação de espécies autóctones Quercus em terrenos sobrantes da Empresa de Desenvolvimento de Infraturas do Alqueva-EDIA no Parque de Natureza de Noudar;

- A segunda fase, de trabalho de campo e experimental, que contemplou: a resposta às questões de investigação, atividades experimentais com controlo de fatores abióticos na germinação da bolota e do crescimento de plantas com a adição de um fertilizante natural proveniente da trituração da casca da bolota; aplicação e consolidação do conhecimento em fichas de trabalho e de avaliação formativa e sumativa; a transformação da casca de bolota em peletes utilizadas em lareiras domésticas como fonte de energia calorífica; e a confeção de receitas com bolota no Instituto Politécnico de Beja.

- A terceira fase, construção de produtos, que contemplou: a realização de pósteres de caráter científico; workshops dirigidos à comunidade escolar como vetor de sensibilização; realização de um livro de receitas em suporte papel e digital; produção de compotas de abóbora com bolota; produção de um fertilizante natural feito a partir de casca de bolota; construção de peletes de casca de bolota; e realização de um showcooking com a apresentação do livro de receitas.

 

Relativamente às respostas às questões de investigação, depois de observados os resultados inferimos que a bolota é um recurso endógeno com grande potencial nutritivo para a alimentação humana. A casca sobrante pode ser utilizada como fertilizante natural, depois de triturada, no entanto, verificámos que quando adicionada ao solo potencia a retenção da água dificultando a infiltração e arejamento do mesmo, conduzindo ao difícil desenvolvimento das plantas, neste caso, coentros em vaso e germinação de sementes de bolota, em condições iguais de temperatura.

Também verificámos que a casca de bolota triturada, quando associada a um ligante, a celulose, permite a construção de peletes que podem ser utilizadas em lareiras domésticas, como fonte de energia calorífica.

Para a realização de todas as atividades e construção de produtos foi imprescindível a utilização do conhecimento que a Ciência nos transmite e também da Tecnologia para a exploração de recursos naturais de forma sustentável.

 

Em linhas gerais, o projeto permitiu a inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais no mundo do trabalho, na vida ativa e no contexto educativo, através de vivências que lhes permitem o reforço à autoestima e a aquisição das competências do Séc. XXI.

Envolveu a aplicação de metodologias de ensino inovadoras (pensadas e estruturadas para os diferentes níveis de ensino) que desencadearam a motivação do aluno para a construção de aprendizagens. Promoveu a multidisciplinaridade e articulação do conhecimento entre disciplinas, com monitorização de aprendizagens, também a aprendizagem através do contacto com metodologias experimentais que conduzem ao desenvolvimento do conhecimento científico e tecnológico, permitindo o desenvolvimento da ciência em determinados aspetos apresentados. Permitiu também  o desenvolvimento cognitivo, a literacia digital através da utilização de recursos digitais, a mudança de hábitos e a tomada de decisões para uma cidadania mais responsável, o envolvimento da comunidade educativa em situações de aprendizagem relativamente à gestão sustentável dos recursos naturais.

 

O projeto teve como parceiros externos a Fundação Ilídio Pinho, a Direção Geral dos Estabelecimentos Escolas – DGESTE, a Empresa EDIA, a Câmara Municipal de Beja,  o Instituto Politécnico de Beja, o restaurante “Os infantes”, a Associação Autonomia e Descoberta e os Viveiros “O Trevo”.

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